top of page

Novas descobertas revelam extensas obras de terra pré-colombianas em recintos com valas nas cabeceiras do Tapajós (Amazonia)

A descoberta de obras de terra pré-colombianas na floresta amazônica representa um avanço significativo na compreensão da ocupação e do uso da terra por culturas antigas na região.


Tradicionalmente, acredita-se que as populações pré-colombianas se concentravam ao longo das principais planícies aluviais da Amazônia, enquanto as áreas interfluviais, ou terras firmes, eram consideradas marginais em termos de densidade populacional e importância histórica.


No entanto, as recentes descobertas desafiam essa visão estabelecida. Pesquisadores identificaram grandes obras de terra geométricas em ambientes interfluviais do sul da Amazônia, particularmente nas cabeceiras do rio Tapajós. Essas estruturas incluem recintos com valas e sugerem que uma extensa área de aproximadamente 1.800 km da região sul da Amazônia foi ocupada por culturas que dominavam a arte da construção de terra entre os anos 1250 e 1500 d.C.


Essa descoberta tem implicações significativas para nossa compreensão da história amazônica. Primeiramente, ela aponta para uma ocupação muito mais disseminada do que se pensava anteriormente, desafiando a noção de que a densidade populacional estava restrita às planícies aluviais. Isso sugere que as áreas interfluviais desempenharam um papel fundamental na história pré-colombiana da Amazônia.


Além disso, a pesquisa também lança luz sobre o impacto ambiental dessas culturas de construção de terra. A extensão dessas estruturas e sua distribuição em uma área vasta, estimada em cerca de 400.000 km² do sul da Amazônia, levanta questões sobre como essas sociedades lidavam com os recursos naturais e como seu modo de vida afetou o ambiente.

© 2024 by Antigusi

bottom of page